Quero saber da poesia,
Elixir da Felicidade
Palavras, frases, textos que nutrem… Imagens que confortam e criam alegria de onde brota a Felicidade. A Felicidade é uma escolha, uma escolha que vem de dentro e ilumina para fora. É o modo como olhamos e tocamos o mundo e o transformamos num lugar melhor. Aqui, a esperança, mais que uma intenção, é a certeza que leva à ação e à concretização dos meus, nossos, sonhos. *Textos, desenhos e fotografias da minha autoria ,exceto indicação em contrário (Lioness)
novembro 03, 2023
POEMA DE AMOR.💕
Quero saber da poesia,
junho 19, 2023
Fui colher girassóis 🌻para não chorar
Gostava de girassóis, a minha mãe, e gostava tanto da vida, de rir, de sorrir, de flores perfumadas, da praia e do mar salgado, das pessoas...
abril 26, 2023
Dia de Sol ☀️ 26 ABRIL 1952
Não estava lá naquele dia, ainda não me tinha sido dado o privilégio de nascer.
abril 11, 2023
Conselhos de mãe 🦋
Ouvi há dias a frase :
A viver e a prosseguir, a ir em frente, independentemente dos obstáculos no caminho. Também me ensinou que podemos chorar às vezes mas não por demasiado tempo, que nada é mais transformador que gargalhadas genuínas.
Deu-me muitos conselhos e os conselhos são ensinamentos que ficam mesmo depois de estar ausente fisicamente .
A presença, conforto, segurança do amor incondicional de uma mãe é algo difícil de explicar por palavras,
Afortunados de nós que o têm ou tiveram, pois conhecemos o que é esse cálido colo de amor que nos apara todas as quedas, vertigens, dúvidas e percalços no percurso.
Viver sem uma mãe não é fácil, sem uma mãe como a minha então, é difícil...Mas faz parte do ciclo inevitável do nascimento e da morte, quanto melhor o aceitarmos e aprendermos mais felizes seremos, mas leva o seu tempo… E o tempo de “luto” , como lhe chamam, varia de pessoa para pessoa …
Aconselhou-me a permanecer! A ser forte , resiliente e generosa!
Cada dia que acordo percebo o vazio, a ausência de rede nas agruras na vida, sei e confio que está comigo, nas memórias felizes que são conforto ao meu coração, mas falta-me em tantas coisas, na permanência física que era na minha vida.
Há dias em que nada me motiva, há dias em que não tenho esperança nem fé...
E há dias em que me levanto e recuso a desistir e lembro-me de tudo o que me ensinou… Sobretudo do quanto me amava 🙏💕
fevereiro 24, 2023
Cartas de amor iliterarias
Já escrevi tantas cartas de amor, sobretudo à mão, e enviadas por correio... A maioria chegaram aos destinatários.
fevereiro 17, 2023
Convite
Não sei onde me habita a tristeza,
fevereiro 13, 2023
Celebrando -Me
Ante a vida me celebro, celebro os novos dias,
Celebro a esperança renovada e a lufada de ar a que me permitiram os meus pais na decisão de eu nascer.
Nasci grande, pensavam que seria um rapagão, na altura ainda nem havia ecografias (e talvez ainda existisse o preconceito de que as mulheres seriam sempre pequenas).
Escolheram a data, uma quinta-feira feira depois do carnaval, já passada a folia e a euforia, para que eu viesse ao mundo num dia calmo e também já sem ressacas carnavalescas.
Naquele dia comecei por teimar em não chorar com umas palmadinhas no rabo, tão perplexa estava com a realidade extrauterina que me pusera a observar antes mesmo de anunciar a minha chegada com um estrondoso berro.
Levaram um alguidar com água a ferver e quase me queimavam os pezinhos com o vapor a escaldar, não revelasse atempadamente um ensurdecedor resmungo, pondo os pulmões em ação.
Gosto de imaginar que, ali perto, os animais selvagens me terão ouvido.
Nasci em África, numa região de paisagens exuberantes, num local de enorme biodiversidade, onde as águas marinhas são ricas em marisco e pescado e onde nas dunas do deserto se escondem espécies de seres únicos e incríveis. Gosto de imaginar que algures um Leão do Kunene terá ecoado, nesse dia quente de Fevereiro, em pleno Verão, um enorme e sonoro rugido de boas vindas. Gosto de imaginar que algumas girafas, do alto das suas pintas, terão captado as sonoridades pelas suas orelhas expressivas, elegantemente colocadas na cabeça sobre o longo e esticado pescoço. Gosto de imaginar que as riscas das zebras se arrepiaram numa complementaridade de padrões pretos e brancos. Gosto de imaginar que um elefante africano sorriu entre as suas presas cobiçadas pelos caçadores furtivos na sua elegante e enorme dimensão de herbívoro pacifico.
Não sei porque não fomos feitos de modo a soltar uma gargalhada com o primeiro respirar, não sei porque nos inventaram a chorar ante a existência.
Talvez seja a consciência da separação, da individualidade que somos ao nascer, que nos emociona .
Cortam-nos o cortão umbilical, retiram-nos do útero confortável (mmo que um pouco apertado a dada altura), nus e sem pelo, completamente dependentes dos cuidados de outros vemo-nos expostos, consolados no colo dos que generosamente nos mostram amor e alimentados pelo seio materno, por algum tempo a nossa única fonte de alimento.
À medida que crescemos vamos aceitando a nossa independência e individualidade, o cordão umbilical, em analogia ao cortar da fita nas inaugurações, é a celebração da nossa chegada ao planeta terra. Depois há outros acontecimentos importantes ao longo da vida, qdo vamos viver para nossa casa e saímos da dos pais, por exemplo, ou quando damos à luz ou escolhemos ser colo e abrigo de outros seres.
Talvez choremos ao nascer porque o mundo está desajeitado!
A ausência física da minha mãe, desde o início do verão de 2022, foi como um vazio enorme que se abriu e só não digo abismo porque abri as asas ante o vazio e no vôo tudo é paisagem. Chorei e ainda choro muito porque embora saiba que estamos todos ligados abraço a individualidade do meu viver. A individualidade dói, assim como a consciência, não se iludam, a possibilidade de contemplação ante o ser que somos é o que minimiza a dor e faz soltar gargalhadas.
E hoje nasci de novo nos 48 de vida já somada e nos tantos passos firmes que vislumbro pela frente, cheios de sonhos, do mesmo tamanho daqueles que tinha quando ainda era menina, com a consciência que não vou realizar todos mas que muitos vão ser concretizados, os mais importantes, aqueles que não poderia deixar de fazer reais nesta minha passagem pela vida que me foi presenteada.
Renasci hoje, sem a minha mãe fisicamente presente, sem os beijos repenicados, os abraços demorados, as mensagens carinhosas, os mimos, os afetos... Renasci lembrando quem sou, de onde vim, quem me trouxe ao mundo, o tamanho dos sonhos que tinha para mim... O tamanho dos meus próprios sonhos. Renasci honrando a minha memória, a memória de todos os que me quiseram e querem amor.
Sinto -me grata pelos que são presentes, não há bem maior que o amor daqueles que amamos.
🙏🥰